Bibliotecária da UFPA participa de evento nacional e realiza doação de obra rara

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A Biblioteca Central da UFPA registra com satisfação a participação da bibliotecária Dra. Elisangela Costa, responsável pelo Setor de Obras Raras, na 7ª Reunião da Rede de Bibliotecas das Unidades de Pesquisa do MCTI (RBP-MCTI), realizada de 11 a 13 de agosto, no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém (PA). 

Elisangela realizou a doação de uma obra rara à Biblioteca Ruthe Condurú Chelala (Rede Cultura de Comunicação),  iniciativa que reafirma seu compromisso com a preservação e a valorização do patrimônio bibliográfico.

Sobre a palestra 

Durante a palestra “Segurança de Acervos Científicos”, Elisangela destacou a importância da conscientização dos profissionais que lidam com acervos científicos quanto aos cuidados e procedimentos de segurança. Segundo ela, “é possível ter tecnologia avançada, mas sem o comprometimento dos funcionários, todo o investimento pode ser perdido”.

Apresentação da palestra no evento.

Sua  participação neste evento  dialoga diretamente com atividades desenvolvidas no Setor de Obras Raras da Biblioteca Central, pois  Elisangela está revendo documentação do setor a respeito da segurança dos acervos.

Doação de obra rara

A bibliotecária  realizou a doação de cinco obras literárias, incluindo um exemplar raro de “A Biblioteca Central Universitária”, de Ruth Conduru Chelala, que passará a incorporar ao acervo dessa unidade de informação, uma obra escrita pela intelectual que denomina a biblioteca. Com essa doação a bibliotecária  reforça seu compromisso com a preservação do patrimônio bibliográfico e a valorização da trajetória da biblioteconomia paraense.

As obras literárias doadas e a dedicatória da obra rara.

Elisangela explica como o valor histórico/cultural das obras é variável, por exemplo no Acervo da BC essa obra é rara por pertencer a um período de fortalecimento da Biblioteconomia, enquanto ciência, no Brasil.  Porém para a Biblioteca da Funtelpa, essa obra é rara por ter sido escrita pela pessoa que dá nome à Biblioteca. 

A bibliotecária destacou a importância da iniciativa da jornalista Cristina Moreno, que buscou a Faculdade de Biblioteconomia para indicar o nome de um profissional da área à Biblioteca da Funtelpa, ressaltando que raramente bibliotecas recebem o nome de bibliotecários, embora esses profissionais sejam fundamentais para sua existência.

A trajetória de Elisangela

Iniciando sua trajetória nas Obras Raras na época de seu estágio supervisionado em 1997, teve seu  primeiro contato com esse tipo de material e se por algum motivo ela não pudesse atuar em outro setor do estágio, ela solicitava desenvolver alguma atividade na Seção de Obras Raras. Atuando na Seção de Obras Raras da BC desde 2018, Elisangela ressalta que trabalhar com esse tipo de acervo “é um sacerdócio que exige pesquisa, criatividade e investimento pessoal”. Entre os marcos do setor, ela destaca a organização da Biblioteca Particular do ex-reitor José da Silveira Netto, cuja sala foi inaugurada em 2007.

Valor das obras raras e o legado do conhecimento

Para a bibliotecária, as obras raras permanecem como testemunhas do tempo e fontes insubstituíveis de conhecimento. “Mesmo com o avanço digital, o livro conserva seu valor histórico, científico e cultural, representando a memória e a evolução do saber humano.”

Mais do que o conteúdo, esses exemplares se destacam também pela forma pelas encadernações, pelos diferentes tipos de papel e outros suportes, como plástico, tecido ou madeira, além das grafias e técnicas de impressão utilizadas em diferentes épocas. Essas características tornam as obras raras fontes indispensáveis para pesquisadores e estudiosos, permitindo compreender e preservar as múltiplas expressões do fazer científico ao longo dos séculos.