A sua cidade tem um museu ou um ponto de memória? E uma praça CEU? Aliás, que praça é essa? O Ministério da Cultura (MinC) esclarece: trata-se do Centro de Artes e Esportes Unificados, que reúne atividades artísticas, esportivas e de assistência social em um único espaço – instalado em locais de alta vulnerabilidade social.
Definições como essa serão consolidadas, definidas e explicadas pelo MinC no glossário cultural, documento em fase de elaboração. A partir dele, o diálogo entre o poder público e a sociedade será ampliado, com disseminação de conceitos e cruzamento de informações, entre outros.
A falta de uma listagem oficial de termos referentes à cultura no Brasil pode gerar uma série de confusões e desinformação. As perdas são as mais diversas, chegando a inibir a participação em um edital ou a impossibilitar um levantamento seguro sobre a quantidade de equipamentos culturais pelo País afora.
Para desenvolver a solução, o MinC criou um grupo de trabalho (GT) para elaborar o glossário cultural. Formado por servidores do Ministério e de suas entidades vinculadas e por representantes da sociedade civil, além de convidados de órgãos públicos gestores de cultura, o GT está construindo o documento fundamental do glossário – o material final deverá ser aprovado pelo ministro da Cultura, Marcelo Calero.
De acordo com Dalton Martins, especialista em ciência da informação e professor da Universidade Federal de Goiás, que integra o grupo, o principal objetivo do glossário é organizar as informações relacionadas à cultura, “integrar e comparar os diversos sistemas de informação”: “Nós já produzimos uma primeira versão do que chamamos ‘ontologia de base’, com os termos mais genéricos para descrever os processos de gestão cultural e estamos avançando para desenvolver os termos secundários”. O GT já realizou quatro encontros este ano e prevê outros três até dezembro – a próxima reunião será nos dias 26 e 27 deste mês.
Padronização
Padronizar terminologias e editais, contribuir para a transparência e o controle social. Essas são algumas das repercussões institucionais do trabalho do GT, como pontua Priscila dos Santos Dorneles, da coordenação-geral de Estatísticas e Indicadores da Cultura do MinC. “Conseguiremos integrar dados e gerar relatórios, será uma forma mais concreta de organizar nomenclaturas, que hoje são diferentes. O Sistema MinC e as secretarias de Cultura municipais e estaduais poderão usar termos iguais”, destaca Priscila.
Os termos serão aplicados ainda na plataforma do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), onde agentes culturais e sociedade podem acessar informações do segmento cultural em um único lugar, com serviços de busca de dados georreferenciados, estatísticas, indicadores e outras informações de bens e serviços culturais. Atualmente, o SNIIC também passa por reformulação.
Texto Fonte/Arte Reprodução: Ministério da Cultura